Tudo que sou, assim como tudo o que sinto, ficam evidentes nos meus momentos de inspiração que são intensos, dolorosos, reveladores e transformadores. Alguns momentos no dia, me fazem perceber de quantas faces sou feita, de onde partem meus sonhos. Nas minhas reações sobre as situações vividas busco nas palavras que escrevo a minha essência ... o meu eu. Seja lá o que ainda tenho para descobrir, sinto que é POESIA.... (Por Valéria Sales) "Carpe diem quam minimum credula postero"
sábado, 2 de março de 2013
Insana Realidade
Que loucura é essa que é incompleta?
Porque confundir quase e não tudo?
Que interessante seria uma permanente ficção.
Um mundo criado não cobra preço de passagem, é tudo livre, uma liberdade voadora.
O que se pode saber das cores que foram criadas em uma mente?
Ser louco pode não ser a pior coisa, pode ser apenas uma pequena diferença.
Quem sabe uma feliz coincidência?
Ou um carma, uma condenação.
Injusto é entender algumas coisas, entender tantas coisas e confundir o resto.
Pode ser humano nascer para conhecer desprezo, descuido, falta de amor, silêncio?
Tão humano!
No meio de uma loucura saudável, felizmente incurável, estraga a insistência da sanidade.
Sanidade cruel que grita no ouvido: - Ser louco é anormal!
O eco? O eco está nos olhares das pessoas que dizem: - Ser louco é anormal!
O eco? É o medo de quem se afasta para cochichar: - Ser louco é anormal!
O eco? É o descaso de quem não move o dedo para não deixar que o louco, feliz, não sinta a triste realidade porque pensam que ele é anormal.
Quem pode viver com esse sopro?
Os “normais” perturbam os loucos lamentando suas realidades hipócritas e vazias, fazendo esses acreditarem que mundo de cores é mundo sem cor.
Não há nada errado em ser maluco. Qual o problema com os quadros?
Normal, anormal...
Loucura em si.
O mundo criado parece bem mais alucinado do que uma mente fantasiosa.
Ah! Essa realidade! É o que existe de mais insano.
(Valéria Sales)
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