quinta-feira, 20 de março de 2014

Reinvenção do amor.

Rapidez, agilidade, praticidade é o que todos querem atualmente.
Celulares, smartphones, tablets, computadores, aplicativos, mensagens de texto, vídeos, gravadores de voz etc.
Portabilidade, conexão 24 horas.
Tudo, tudo, menos pele.
Muito estudo, muita evolução da ciência, toda a tecnologia que anos atrás não pudemos imaginar.
Nenhuma simplicidade.
As pequenas poesias já não fazem falta.
Os romantismos se resolvem na facilidade de não precisar mover as pernas para o envio de uma carta.
Para que cantar serenatas?
Ligações nem são mais necessárias, ouvir a voz já não é prático o suficiente.
Surpresas deixam de ser encantadoras pelos esforços por detrás delas.
Ah! O amor?  - Esse é mais um dos elementos da vida que precisam de F5 ( Dizem os cientistas).
E eu que nasci na época errada? E eu que sonhei com um sarau?
Eu que pensei que amor era o que contava Joaquim Manoel de Macêdo, José de Alencar, Carlos Drummond ...?
Quão desatualizada estou eu, que penso que esperar tem tudo haver com o amor? 
Os cenários que pintavam os poetas já não são contados nos livros.
A emoção anda sendo reinventada.
As pessoas não sentem mais o sol.
O amor foi maquinado.
Lamentável!
Eu fico muda, tal qual Charles Chaplin.
Tempos moderníssimos!

Falta-me a ausência de tudo que foi inventado para poder rever a vida que inventa o amor.    

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(Valéria Sales)