Me faltavam sonhos!
Voltei a sonhar.
Agora penso: - E as gavetas?
Tenho gavetas suficientes ?
Agora que são tantos planos...
Quem sabe improviso prateleiras? ...
E aí como organizar?
Aí, aí, aí! quanta ansiedade! Eu mal recomecei a sonhar.
Mal sei como segurar, me sinto com as mãos cheias.
Assim, não vai.
Pior do que não sonhar é derrubar.
Há vida! Eu acredito! Há vida para tantas gavetas.
Valéria Sales
Tudo que sou, assim como tudo o que sinto, ficam evidentes nos meus momentos de inspiração que são intensos, dolorosos, reveladores e transformadores. Alguns momentos no dia, me fazem perceber de quantas faces sou feita, de onde partem meus sonhos. Nas minhas reações sobre as situações vividas busco nas palavras que escrevo a minha essência ... o meu eu. Seja lá o que ainda tenho para descobrir, sinto que é POESIA.... (Por Valéria Sales) "Carpe diem quam minimum credula postero"
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Como ser sensual ?
Quando estava na adolescência não
tinha muita noção do meu corpo e tinha algumas referências na televisão e no
colégio daquelas que mais chamavam atenção, em ambos os casos as belezas eram
exuberantes. Fui crescendo salientando meus defeitos, sentindo que passava
longe da perfeição. Eu que convivia comigo, me olhava no espelho e via vários
exageros que não somavam em beleza. Essa minha imagem distorcida de mim mesma,
mais do que isso, repressiva, me fez ser insegura em vários momentos da minha
vida. Eu nunca me escolhi quando comparada a outras mulheres, porque eu sabia
das minhas imperfeições.
Quando deixei de me achar bonita
ocupei minha mente com bons livros, com música, leitura em geral e acabei me
tornando um pouco interessante, porém ainda insegura. Foi preciso crescer de
verdade, para entender que minha sensualidade não estava em apenas alguns
detalhes e para entender que beleza por si só nem é tão bela.
Crescendo e somando, até perceber
que a sensualidade não é nada do que contam, não é nada do que vendem.
Sensualidade não é barriga seca, nem pernas delineadas ou lingerie “P”.
Sensualidade é ser envolvente, é ter um olhar tão misterioso que possa criar
interrogações em muitas mentes, sensualidade é uma roupa bonita, mas principalmente
o que veste a roupa.
Ser sensual é ser inteligente, é
saber sorrir, é brincar com coisas “brincáveis”, ser sensual é deixar seu
parceiro a vontade, sensualidade é cozinhar um jantar e amar depois, ser
sensual é saber pedir uma pizza, sensual é amar.
Acima de qualquer coisa, ser sensual
é ser criativa. É sensual quem demonstra desejo quando é inesperado, é sensual
quem não tem medo de se mostrar. É sensual a boca, ou o olhar, ou a mão, ou qualquer
coisa que seja sua característica, porque é SUA!
Sem a mesma visão da adolescência,
com um pouco mais de maturidade, arrisco dizer que a sensualidade é possível em
todas as fases da vida. Fui sensual aos 15 (mesmo sem perceber), fui aos 20,
sou aos vinte e poucos, cada uma dessas fases eu tinha um corpo que somava a um
pensamento e mesmo que diferentes, de algum jeito tudo se encaixava.
Ser sensual não é ser bonita ou
feia, é ser conjunto. E, ser sensual não é levar alguém para cama, é só um
jeito de ser adorável, desejável, é um jeito de se gostar, o resto é
consequência.
Ser sensual é se sentir bem, é ter autoestima.
E, se você tem esses atributos é possível ser sensual até os 90 anos. Para isso
não precisa cirurgia plástica, renascimento ou nada do tipo (como já imaginei
na adolescência), necessita apenas cuidar das coisas que você acha mais
importantes em você.
Se você
cuidar das coisas mais valiosas no seu “eu”, vai se sentir bem e encontrará
pessoas que achem sensual o “todo” que você é.
Sem performances, sem
artificialidade ou dissimulação, tão natural que não haja tanta distinção assim entre você e
a sensualidade, mistura em “um só”. Assim como você tem um nariz, você
pode ter sensualidade.
Os detalhes que a
sensualidade pode vestir, se descobrem com o tempo...
Uma roupa para cada idade e fica dispensada a insegurança.
Uma roupa para cada idade e fica dispensada a insegurança.
domingo, 26 de janeiro de 2014
O que acrescenta?
O que acrescenta?
O que não diminui.
O que soma.
(Clichê!)
O que acrescenta seria o mesmo do que constrói.
Tijolos, então! Esses acrescentam, somam, não reduzem.
Tijolos são ocos, é vazio demais.
O que preenche, então?
Algodão!
Mas, é leve demais. Voa!
A Caneta, serve? A Caneta escreve e preenche a linha.
Mas, o papel! Ah! O papel, esse rasga.
A Música, ela ocupa a mente.
Mas, a Música dura pouco tempo e se permanecer por muito
tempo sufoca.
O silêncio? O silêncio é cheio de ausência.
Mas, aí é deserto demais.
A Repetição, acrescenta?
Não, não, não, não, não, não...
E a Memória?
Essa aí não dá nem para confiar, é menina travessa!
E o Medo? Faz o que? Assusta!
E a Liberdade?
A Liberdade, nem ela mesmo é livre, quanto mais eu!
E o amor?
Ele que é oco, preenche, tem tinta, ocupa a mente e sufoca,
é cheio de ausência, repete o tempo todo, faz lembrar tudo e nada, assusta,
prende e liberta...
Só o Amor acrescenta.
Valéria Sales
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