
Sou apaixonada pela origem que estampo em minha voz.
O lugar onde nasci não é apenas uma mera localização.
Minhas origens falam de mim,
Sou expressão da minha terra.
Não é somente a minha infância e tantas histórias que guardo.
São ruas, calçadas, flores, becos e cheiros que me dão o direito de ter passado.
Se reconhecer em locais é também uma forma de identidade.
Ter paisagens prediletas e passar sempre por elas! É tão particular!
Olhar uma rua só pelo hábito que tinha anos atrás, por motivo que já foi esquecido.
Alguns lugares mudam com o tempo, só você sabe a imagem que guarda deles.
Ah! Minha terra,
Cheia de peculiaridades que eu carrego comigo.
Um orgulho que me aquece, onde quer que eu vá.
Cada ladeira a história de uma subida.
Sensação que somente ali é minha casa!
O único lugar que suportou minhas quedas, carreiras, travessuras e brincadeiras.
A cidade que sempre guardou espaço pra mim.
É como ser filha dela e ela me parir.
É entender os gostos, trejeitos, costumes com respeito e crença.
De tão intima, carrego a sensação térmica emanada pelo meu ambiente.
Assim, morro de calor em lugares quentes.
E sinto saudade do frio, do chocolate quente, dos lençóis graúdos.
Orgulho de ter atitudes próprias, vestimentas próprias, pontos turísticos próprios.
Sempre que digo de onde sou e não sou reconhecida nem preciso de mil características para “nos” identificar,
Pra ficar fácil posso bem dizer, que lá em Garanhuns as coisas são assim... românticas, poéticas!
(Valéria Sales)