terça-feira, 17 de novembro de 2015

Assovio eterno.

Meu coração palpita aflito.
Minhas mãos gelam.
A frieza que alcança meu coração toma conta das extremidades.
Sou toda medo.
Esqueci que sei escrever.
A caneta muda me sufocou.

Sou tantos erros como um efeito dominó.
Agora, não há positividade.
Não enxergo nada de bom.
Sou apenas o lamento de estar onde estou.

Como suportar?
Como permitir tantas ausências?
Ah! O tempo que ficou para trás!
Esse tempo, ele tem um peso.
O peso que endurece meu corpo.

Carrego-me pesada como um ser desmaiado.
Levo a consequência como um anjo mau.
O vento assovia no 8° andar,
Eu não sei responder.

(Valéria Sales)